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15 março, 2017

Resenha :: No Encontro de Uma Constante

março 15, 2017 24 Comentários

 “Perceba a história ao seu redor, e diga-me qual personagem irá ser. O príncipe sem encanto? A bela sem princesa? A bruxa sem magia?”

No Encontro de uma Constante é um livro que te enche de inspiração, de questionamentos sobre a vida e sobre o amor. Te inspira a continuar buscando aquilo que pode te completar, aquilo que irá te fazer se sentir inteiro. Te inspira a continuar procurando a sua constante, seja ela qual for, seja lá onde estiver.

“Ou é simples e eu complico. Ou é complicado e eu não quero tornar simples.”
Tenho que confessar que eu enrolei durante meses para ler e resenhar esse livro , porque a minha constante por um tempo foi a tristeza, depois foi a raiva, e hoje eu nem sei o que é, para dizer a verdade . Por isso eu enrolei, eu não queria transmitir a tristeza e raiva para algo que eu sabia que gostaria, porque eu amo poesia, mesmo lendo pouco depois que comecei a ir para a faculdade e tal. Mas agora eu tomei coragem e li.

“Há situações que não podemos controlar, há dores que não podemos curar, há jogos que não podemos ganhar, há fatos que não podemos mudar.”

No Encontro de uma Constante é um livro com uma coletânea de poesias do autor Bruno Luiz Mattos, publicado de forma independente, e, que apesar disso, o livro físico tem ótima qualidade: a capa é linda, não lembro de ter visto nenhum erro de português (o que é comum em livros independentes e até em alguns publicados por editoras, infelizmente ), a diagramação é ótima, as folhas não são finas e nem brancas, o que ajuda muito a ler e não cansar os olhos (páginas brancas e finas são horríveis para ler quando bate uma claridade no livro e dá para enxergar do outro lado, odeio isso ).

“Aquelas folhas brancas querem algo, esperam ser algo, são algo, esperam ser o que não eram, ter o que não tinham (...). Aquelas folhas brancas, não terão importância, se você não souber o que escrever.”

E além da qualidade “física”, também possui qualidade no conteúdo, por mais que em algumas poesias dê para notar uma escrita mais crua, o que não é ruim, porque também dá para notar a evolução e amadurecimento dela, sabe? E, além disso, tem linguagem simples, então dá para entender de boa (mesmo não sendo um leitor de poesia assíduo ) o que o autor expressa em cada poema, as emoções, os sentimentos, as incertezas, as dúvidas, as inseguranças, as situações que envolvem amor, amizade... a vida em toda a sua simplicidade e complexidade. E assim nos sentimos ligados ao autor, talvez dê até para se identificar com algum poema.

Até pensei em achar um amor verdadeiro para ver se eu sentiria algo parecido com o que o Bruno descreve. Mas também pensei em achar um namorado e terminar um tempo depois, para poder mandar algum desses poemas para ele e fazê-lo se sentir mal e sofrer por me perder . Ok, eu sou cruel .

“Tantas pessoas sem motivos, tantos pesadelos por sonhar, tantos sonhos para consertar.”

Enfim, agora, depois de ler o livro, percebi que eu não estava pronta para o ter lido ainda. Motivo? No Encontro de uma Constante fala muito de amor, e na boa, ultimamente eu não tenho quase nada romântico em mim. Sério, lendo alguns livros eu ficava feliz quando alguém tirava o olho de outra pessoa, ou quando a esquartejava... Eu estou gostando de coisas mais sanguinárias e não românticas nos últimos tempos, como dá para notar, por isso acho que não estava pronta.

Apesar disso eu realmente gostei desse livro, mas poderia ter apreciado mais e mergulhado mais fundo em cada verso e reflexão se estivesse mais aberta a pensar em amor e não em mortes.

Mas focando no livro e não nesse ser estranho que sou... Não leia esse livro, o saboreie, o sinta . E quando o sentir, não deixe de se questionar: O que te motiva? O que te move? O que te inspira? Qual é a sua constante?

“Os sentimentos irão entrelaçar algumas constantes, pequenas fantasias nos fazendo esquecer o mundo real, trazendo a frustração que ninguém sabe administrar.”

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

No Encontro de Uma Constante
Qual a sua constante?
Bruno Luiz Mattos
Ano: 2014
Páginas: 164
Sinopse (Skoob): 
QUAL A SUA CONSTANTE?
Esta é uma pergunta que nem todos sabem responder de imediato. Por outro lado, essa resposta molda cada ação de nossas vidas.
Para saber qual a sua constante, basta olhar ao redor: família, amigos, músicas, esportes, lugares, gostos, segredos e uma variedade de complexidades que forma o que somos. Entre as diversas opções, uma será o ponto de convergência; será forte o bastante para te fixar nesse mundo turbulento.
Com versos, criados na tentativa de aceitar o mundo como ele é, Bruno Luiz Mattos dissipa sentimentos sobre amores, amizades e situações complexas que acontecem e se transformam a cada instante. Saber o que sempre esteve, está e estará presente em si mesmo é essencial.
Através de questionamentos e conclusões, que só a síntese da poesia pode proporcionar, No Encontro de Uma Constante retrata uma busca interna e inquieta para se sentir infinito.

Saiba mais sobre o Livro:

20 outubro, 2016

Poesia :: Vandal e Constante

outubro 20, 2016 2 Comentários

  Nenhuma forma de homenagem é melhor que a própria poesia. Parabéns a todos!

 

Esquizofrenia poética


Licença poética é minha ética,
mente frenética, caneta epilética,
no mundo ilusório...
A realidade é esquizofrênica poética,
internado por expor o interno que vem de dentro,
esquizofrenia hoje em dia é ter o real sentimento,
enquanto o mais louco é o que se cala!
Pois ninguém,

é mais esquizofrênico que o silêncio.




 Equações

Tanto tempo distorcido com faltas constantes
e desejos tão lineares
que um olhar para o lado é tão impossível.
Como justificar verdades que tornei mentiras?

Éramos iguais em nossas diferenças
talvez eu quisesse me tornar como você
e você não compreendia como era ser eu
será que tudo isso foi capaz de confundir?

Não é como uma equação 
Não iremos nos tornar iguais


Em breve no Clube do Farol, você também poderá encontrar sua constante!